“E os principais sacerdotes e todo o Sinédrio procuravam algum testemunho contra Jesus para o condenar à morte e não achavam. Pois muitos testemunhavam falsamente contra Jesus, mas os depoimentos não eram coerentes.” (Marcos 14:55,56). 6z5or
Após ser preso, Jesus foi submetido a dois julgamentos religiosos: um à noite, após ser preso no Getsêmani, e outro no Sinédrio, quando o dia amanheceu.
Aqueles que o prenderam estavam empolgados com o fato de, finalmente, terem conseguido fazê-lo, por isso, em vez de esperar o dia amanhecer para fazer o julgamento, eles o levaram para a casa do sumo sacerdote.
Segundo o relato de Mateus, na casa de Caifás, reunidos os principais sacerdotes e o sinédrio, Jesus foi interrogado. O julgamento religioso foi sumaríssimo e oral. Como seus acusadores não tinham um fato, uma acusação concreta para apresentar, testemunhas falsas foram ouvidas, mas nada diziam que pudesse condená-lo.
O objetivo do julgamento era “legalizar" uma condenação à morte que já havia sido decidida e profetizada, anteriormente, por Caifás. Jesus morreria por todos nós: “Caifás, porém, um dentre eles, sumo sacerdote naquele ano, advertiu-os, dizendo: Vós nada sabeis, nem considerais que vos convém que morra um só homem pelo povo e que não venha a perecer toda a nação." (João 11:49,50).
Indignado com o silêncio de Jesus diante das acusações, Caifás lhe disse: “Nada respondes ao que estes depõem contra ti? Ele, porém, guardou silêncio e nada respondeu. Tornou a interrogá-lo o sumo sacerdote e lhe disse: És tu o Cristo, o Filho do Deus Bendito?” (Marcos 14:60b,61). Jesus lhe respondeu: “Eu sou, e vereis o Filho do Homem assentado à direita do Todo-Poderoso e vindo com as nuvens do céu.” (Marcos 14:62).
Diante desta declaração, o sumo sacerdote dispensou as testemunhas e condenou Jesus à morte: “Que mais necessidade temos de testemunhas? Ouvistes a blasfêmia; que vos parece? E todos o julgaram réu de morte.” (Marcos 14:63b,64).
Ao amanhecer, Jesus foi levado ao Sinédrio para confirmação da condenação. O Conselho dos setenta homens, que incluía os anciãos e os escribas, precisava formalizar o julgamento e a condenação.
Em Jesus não havia crime, nem pecado. Seus acusadores examinaram falsos testemunhos e nada encontraram. Por fim, Ele foi acusado de blasfêmia, cuja pena era morte por apedrejamento (Levítico 10:14), mas, como sabemos, Jesus não foi apedrejado. “Ele foi ferido por causa das nossas transgressões, e moído por causa das nossas iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados" (Isaías 53:5).
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